Teu
medo é teu guia, o cheio putrefato que te invade,
que anuncia o amargor metálico do sangue que está por jorrar
tu caminhas cego em meio à imensidão do umbral
com olhos arregalados que nada conseguem ver, seria isto uma maldição?
Tateando pedras pontiagudas que te ferem os dedos e o ego já deixado para trás
foi privado até mesmo do som dos seus próprios gritos. Afinal isso é a morte?
Tropeça no teu prêmio, duro, retangular. A própria caixa de Pandora
Mas a surpresa que nesta habita é o seu maior medo, talvez o único.
espelhos incapazes de esconder todas as mentiras que ele acreditou ser verdade
o espelho incapaz de ocultar a podridão de sua alma.
Sempre tão intrínseca como se convivesse com nosso pensamento. Amei
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