terça-feira, 6 de agosto de 2019

Ausência


Com todos os sentidos adormecidos abro os olhos na realidade dos meus sonhos.
as pontas dos dedos sujas de lágrimas de sangue que me correm o rosto, 
aquela velha e constante busca por um ego já perdido que não pude recuperar.
Em que ponto me perdi de mim e nem notei minha própria ausência? 
Com todos os sentidos adormecidos abro os olhos para a alma, e me vejo de dentro pra fora, como a rosa que não floresceu no teu jardim. 
Apodreci sem mostrar a beleza contida em mim, mas a dor certamente é familiar, essa parte da qual não consigo proteger ninguém, nem mesmo a mim.