quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Fátima

Pede o meu fumo.
Divido contigo enquanto a conversa flui,
como se sempre tivesse sido assim.
Você me diz como a necessidade de viver tem rasgado do teu peito, 
de tal forma que agora todos veem, 
e te digo que não há o que esconder, que viva!
Que gaste todos os sorrisos hoje, 
que o álcool que invade nosso corpo acabe 
só pra no outro dia nós possamos fazer tudo de novo, incessantemente. 
Que gritemos todos nossos segredos de liquidificador até desfalecer. 
Que deixemos o mundo nos engolir pra que a gente renasça, 
sem medo e sem cautela. 
Respirar para viver cada segundo. 

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