A vida vem em borrados.
Como a tinta da caneta,
Como a maquiagem da prostituta amanhecida,
Como aquele quadro conceitual,
Como a sua alma turva.
É tudo tão puro e inocente.
Convertê-lo em algo sórdido e febril é automático,
Ainda que pareça um crime.
Então tudo perde o sentido,
Pra quê isso, pra quê aquilo.
Afeta ao ponto de você não se reconhecer
E se perguntar que diabos está acontecendo.
E afinal, o que está acontecendo ?
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